A psicoterapia reúne diferentes correntes de pensamento e estudo da psicologia para seus tratamentos. Neste texto, vamos apresentar algumas das abordagens mais conhecidas e utilizadas na psicoterapia para que você possa entender um pouquinho melhor como funciona o universo desta ciência. Acompanhe:
Abordagem Gestáltica (ou Gestalt-terapia)
A Gestalt-Terapia é um estilo de tratamento psicológico humanista elaborado pelo psicoterapeuta Fritz Perls. Essa linha da psicologia entende o homem como um todo, compreendendo suas esferas do corpo, mente e alma como indivisíveis e inseparáveis. A ideia do tratamento é levar o cliente ao estado de auto-realização e desenvolvimento de todo o seu potencial.
Este tipo de abordagem é perfeita para atendimentos em grupo, familiares, em organizações ou de casais, mas também pode ser usado em consultas individuais e infantis. Seu criador, Perls, sempre afirmou que preferia a técnica sendo utilizada em tratamentos com grupos, já que sua eficiência nestas situações era altíssima e porque ela permitia que seus clientes fossem mais espontâneos durante o tratamento. A terapia em grupo promovida por técnicas gestálticas permitem que o indivíduo desenvolva uma capacidade chamada de “auto-suporte” e também de “auto-consciência” de tudo que acontece consigo e ao seu redor.
Abordagem Behaviorista (ou Comportamental)
Estudos elaborados em laboratórios, ainda nas décadas de 1930 a 1960, foram os primeiros moldes para a abordagem chamada de behaviorista, ou comportamental. Skinner foi seu principal criador, encontrando em animais comportamentos que se assemelhavam ao de pessoas, permitindo que ele desenvolvesse várias hipóteses sobre a personalidade humana através somente da observação. Depois disso, vários estudos comportamentais experimentais ajudaram a confirmar teorias e desenvolver outras hipóteses para a solução de problemas psicológicos.
A abordagem behaviorista se baseia no estudo do indivíduo e suas relações com o ambiente onde está inserido. De acordo com Skinner, somente o comportamento pode ser descrito, mensurável e observável, e é através dele que somos capazes de entender as circunstâncias que levam o indivíduo decidir a responder daquela forma ao ambiente. Qualquer mudança realizada nestas circunstâncias é capaz de mudar todo o comportamento do indivíduo.
Abordagem Psicanalítica
A psicanálise foi desenvolvida por Freud, graças a suas descobertas que relacionam os comportamentos do indivíduo com seus objetos sexuais ou de amor. De acordo com Freud, é preciso compreender o processo de desenvolvimento psicossexual de um indivíduo para então se compreender a formação do seu caráter.
Os teóricos psicanalíticos acreditam que a imaginação do paciente tem força o suficiente para entender como real uma situação que não aconteceu. A partir dessa hipótese, Freud elaborou vários estudos relacionados com o funcionamento psíquico do humano e, em um deles, dividiu a personalidade em três regiões diferentes: o Id, o Ego e o Superego.
O Id é conhecido como a parte obscura e inacessível da personalidade de um indivíduo, baseada em impulsos e descarga afetiva, orientado exclusivamente pelo prazer e sem capacidade de julgamento, ele ignora o bem, o mal e a moralidade. O Ego é uma personalidade desenvolvida durante a vida e que tem a função de observar o mundo externo. Ele é o mediador entre os impulsos (do Id) e a ação, fazendo com que a pessoa seja capaz de identificar as consequências dos seus atos, sendo capaz de avaliar possíveis conflitos. O SuperEgo é a terceira e última parte, responsável pelo desenvolvimento da nossa consciência moral e pelos sentimentos de auto-estima e culpa.
A meta da psicanálise é conseguir estabelecer um equilíbrio entre elas. Como o Id é totalmente inconsciente e o Ego e o SuperEgo tem partes de consciência, a psicanálise tem como objetivo fortalecer o Ego e torná-lo cada mês mais independente do SuperEgo, ficando cada vez mais capaz de dominar novas partes do Id.
A psicanálise pretende tratar os conflitos de ordem sexual manifestada por estas partes da personalidade, que começam nos primeiros anos de vida e se desenvolvem na vida adulta, deixando marcas profundas e se transformando em sintomas de ansiedade, angústia ou comportamentais. Freud considerava mais importante entender a maneira como o consciente e o inconsciente se comunicavam entre si para poder tratar os sintomas apresentados por eles.
Ficou curioso para saber quais abordagens são as mais utilizadas em consultórios terapêuticos? Entre em contato conosco e descubra muito mais sobre a psicoterapia!
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